Comecemos por fazer um aviso à navegação: este é um daqueles irritantes posts autocongratulatórios. Se não querem ficar a ver vermelho e a fumegar das orelhas, não o leiam, pela vossa saudinha.
Estão avisados. Siga.
É que o Bibliowiki, durante o mês de maio que terminou há umas horas, ultrapassou um marco daqueles bem redondos e outro não tão redondo mas também razoavelmente ovoide. Comecemos por este último.
O número de autores presentes no wiki saltou acima dos três mil. Na sua grande maioria homens (2269), são quase todos portugueses (965), norte-americanos (588), brasileiros (434), britânicos (269) ou franceses (130), embora também haja números razoáveis de angolanos (60), espanhóis (54) e russos (69). Nota-se aqui com grande clareza a dificuldade de penetração de autores que escrevem em línguas "esquisitas" (embora algumas dessas línguas se contem entre as mais faladas do mundo) nos mercados lusófonos de literatura fantástica. E decerto haveria bastante mais brasileiros se houvesse mais ajuda vinda do lado de lá do Atlântico. Mas mesmo assim, três mil autores sempre são três mil autores.
O número mesmo, mesmo redondo é o das obras, que ultrapassaram as dez mil. Não surpreendentemente, cabe às ficções curtas a parte de leão desse valor, com quase metade (4279), seguindo-se os romances, com mais de um quinto (2176) do total. A não-ficção é o terceiro grande grupo de obras presentes no wiki, com um total global de 1581.
E isto é, ainda, apenas uma pequena parte do que de facto se foi publicando ao longo dos anos. Na verdade, quanto mais material é acrescentado ao wiki, mais material parece haver à espera de vez para se lhe ir juntar, o que não deixa de ser algo frustrante. Mas essa frustração desaparece quando se compara o que o Bibliowiki é hoje com as suas humildes origens, há uns anos.
Em quatro palavras: não há comparação possível.
sábado, 1 de junho de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Ficções
Em relação à coleção Ficções, da Editorial Estampa, temos basicamente o mesmo tipo de dúvidas e fazemos o mesmo apelo que as que tivemos e fizemos relativamente a outra coleção da mesma editora, a Novas Direcções. Na verdade, a Ficções funciona como uma espécie de prolongamento da Novas Direcções: o âmbito é basicamente o mesmo e há até algumas obras que fazem parte de ambas. Mas, de novo, não temos a certeza de termos identificado todos os livros da coleção relevantes para o Bibliowiki, quer por não dispormos de uma lista completa, quer por não sabermos bem o que consta de alguns volumes. Daí o apelo: se considerarem que algum dos livros da coleção que não estão incluídos na respetiva lista deviam estar, por favor informem-nos e digam-nos porquê.
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Uma dúvida provavelmente impossível de dirimir
Eis uma dúvida que só aqui explanamos por descargo de consciência. Prende-se com uma coleção muito antiga, de uma editora há muito extinta (ou transformada noutra, pelo menos): a coleção das Viagens Maravilhosas aos Mundos Conhecidos e Desconhecidos da David Corazzi. Trata-se de uma coleção de obras de Júlio Verne, editada na segunda metade da década de 80... do século XIX, relativamente à qual nos falta informação sobre quem traduziu duas delas: À Roda da Lua e A Ilha Misteriosa.
Para o improvável caso de algum leitor deste blogue ter aí por casa uma destas preciosidades bibliográficas, aqui fica o pedido de informação: quem traduziu esses livros?
Para o improvável caso de algum leitor deste blogue ter aí por casa uma destas preciosidades bibliográficas, aqui fica o pedido de informação: quem traduziu esses livros?
sábado, 13 de abril de 2013
Biblioteca Básica Verbo
A Biblioteca Básica Verbo — também conhecida como «Livros RTP» — foi uma coleção de livros de bolso, editados há cerca de 40 anos, no início da década de 1970, que incluiu algumas obras com interesse para o Bibliowiki. A coleção teve pelo menos 100 títulos, com umas capas muito características, padronizadas, que só variavam nas cores dos desenhos de capa e lombada, sempre em fundo branco. Para avivar memórias, eis neste post uma fotografia de um bom número desses volumes.
Identificámos na coleção 6 obras com conteúdo fantástico mas, dado não dispormos de uma lista completa dos livros nela editados, julgamos ser possível que haja mais. Se alguém possuir mais algum livro que deva estar também incluído no Bibliowiki, pedimos que no-lo digam.
Obrigado.
Identificámos na coleção 6 obras com conteúdo fantástico mas, dado não dispormos de uma lista completa dos livros nela editados, julgamos ser possível que haja mais. Se alguém possuir mais algum livro que deva estar também incluído no Bibliowiki, pedimos que no-lo digam.
Obrigado.
terça-feira, 19 de março de 2013
Novas Direcções
A Novas Direcções foi uma coleção da Editorial Estampa que publicou ao longo dos anos 70 e início dos 80 uma série de obras que, com frequência, se aproximavam de um fantástico mais ou menos surrealista, incluindo autores como Mário-Henrique Leiria, Jorge Luiz Borges, Julio Cortázar ou Adolfo Bioy Casares. Não sabemos ao certo quantos livros foram editados na coleção; a lista mais completa que encontrámos, incluída num dos volumes, lista 40 títulos, mas é possível que tenham saído mais. Entre estes, identifícámos 15 que, com certeza ou com um grau elevado de segurança, incluem textos relevantes para os géneros que interessam ao Bibliowiki, mas admitimos a possibilidade de outros títulos poderem vir somar-se a estes 15.
É nesse sentido que apelamos ao público. Se considerarem que algum dos livros da coleção que não estão incluídos nesta lista deviam estar, por favor informem-nos e digam-nos porquê.
É nesse sentido que apelamos ao público. Se considerarem que algum dos livros da coleção que não estão incluídos nesta lista deviam estar, por favor informem-nos e digam-nos porquê.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Contos de Batman
Terá aparentemente sido em 1994, ainda que também haja fontes que falem em 1995, que o selo da Editora Abril que se dedica à literatura infanto-juvenil, a Abril Jovem, publicou no Brasil um conjunto de quatro pequenas antologias com cerca de 150 páginas cada uma, nas quais estão reunidos contos passados no universo de Batman. Trata-se da coleção Contos de Batman, que nos oferece numerosas dúvidas.
Para começar, conhecemos as capas desses quatro livros (através deste site, por exemplo), mas desconhecemos o conteúdo de cada um; algumas das capas informam quantos contos o livro contém, mas não encontrámos informação sobre que contos e de que autores (com uma única exceção: um conto de Silverberg incluído no número 3). Não fazemos ideia de quem os terá traduzido. Não sabemos quantas páginas têm dois deles, qual o ISBN, etc. Até a informação de que se trata de uma compilação realizada por Martin H. Greenberg, que surge nas capas, é errada: Greenberg, de facto, foi o antologista responsável por uma série de antologias de contos do universo de Batman, mas trata-se de grandes antologias, com cerca de 500 páginas cada uma. O que saiu no Brasil terá sido uma seleção, feita por alguém cuja identidade desconhecemos mas que deverá estar ligado de alguma forma à Editora Abril, entre o conteúdo de algumas dessas antologias de Greenberg. Ignoramos de quais.
Escusado será dizer que qualquer informação que nos possam prestar será bem-vinda.
Para começar, conhecemos as capas desses quatro livros (através deste site, por exemplo), mas desconhecemos o conteúdo de cada um; algumas das capas informam quantos contos o livro contém, mas não encontrámos informação sobre que contos e de que autores (com uma única exceção: um conto de Silverberg incluído no número 3). Não fazemos ideia de quem os terá traduzido. Não sabemos quantas páginas têm dois deles, qual o ISBN, etc. Até a informação de que se trata de uma compilação realizada por Martin H. Greenberg, que surge nas capas, é errada: Greenberg, de facto, foi o antologista responsável por uma série de antologias de contos do universo de Batman, mas trata-se de grandes antologias, com cerca de 500 páginas cada uma. O que saiu no Brasil terá sido uma seleção, feita por alguém cuja identidade desconhecemos mas que deverá estar ligado de alguma forma à Editora Abril, entre o conteúdo de algumas dessas antologias de Greenberg. Ignoramos de quais.
Escusado será dizer que qualquer informação que nos possam prestar será bem-vinda.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
2012 no Bibliowiki
2012 foi um bom ano para o Bibliowiki.
Não só por causa dos números. Estes são razoáveis, mas já houve anos melhores. As 3581 páginas novas, que correspondem a um crescimento de 18,7%, incluem 896 livros que chegaram de novo ao wiki, 590 autores, 170 tradutores e 1436 obras, das quais 162 são romances, 759 são contos ou outras ficções curtas e 285 são artigos ou outras obras de não-ficção. Não é mau. Podia ser melhor, mas não é mau.
Mas o trabalho no wiki não se resume aos números a seco. Este último ano foi bom porque marcou o alargamento do âmbito do Bibliowiki ao Brasil e aos restantes países de língua portuguesa. Embora os dados continuem a ser dominados por edições portuguesas (e continuarão ainda durante muito tempo dada a história do site), já lá se conta um número crescente de edições brasileiras, modernas e não tanto, bem como um punhado de edições angolanas. Faltam ainda dados sobre outros países lusófonos, mas tarde ou cedo acabarão por aparecer.
O último ano também foi bom porque o wiki recebeu muito trabalho de bastidores, no sentido em que é trabalho que não se reflete necessariamente no surgimento de páginas novas. Por exemplo a verificação de dados antigos, que nem sempre são tão fidedignos como seria desejável, a mudança na forma de organização de páginas como as dos anos (por motivos técnicos de conveniência de edição), a criação de tabelas de navegação e sua implementação nas categorias que distribuem as obras por ano, a criação e implementação de uma nova forma de referenciação de tradutores nas páginas das obras traduzidas, a transformação das listas simples em tabelas com mais informação, nas páginas das coleções, e mais uma série de outros detalhes do mesmo género. É quase tudo trabalho que está a meio; há coleções que já incluem a tabela, outras ainda só têm a lista; há tradutores que estão referenciados à antiga, outros já o estão à moderna. E etc. Mas é trabalho que melhora substancialmente o site e que, em certos casos, já há muito devia ter sido executado.
Claro, nem tudo foi bom. Um sofisticado ataque de spam, no início do ano, forçou a uma alteração nas permissões de edição que restringiram o potencial de participação do público em geral. Houve ideias cuja implementação tinha sido iniciada em anos anteriores mas que se revelaram inviáveis ou demasiado trabalhosas para serem aplicadas no estado atual de evolução do site. As tabelas com as cronologias de edição, por exemplo, são bastante úteis mas uma dor de cabeça para atualizar e por isso foram postas em banho-maria até surgir alguma ideia praticável para agilizar o processo (aceitam-se sugestões). As páginas sobre os temas são outro caso de ideia suspensa porque exigem demasiado trabalho para a pouca utilidade que têm enquanto não se "enchem" e porque convém haver uma padronização prévia e clara dos temas para evitar confusões. Padronização que não existe e confusões que se verificou que iam surgindo. Portanto essas ficaram em stand-by, com a luzinha a piscar. Mas, pesando tudo, esses pequenos falhanços são mais do que compensados pelas melhorias.
Para 2013 a previsão é de mais do mesmo. Não há planos de novas mudanças de fundo, pelo menos até concluir a implementação das que foram iniciadas em 2012, mas há planos para fazer uma experiência de alargamento das possibilidades de edição (uma das coisas que tem vindo a ser feita, aliás, é a desproteção de centenas de páginas que só podiam ser editadas pelos administradores). Pode ser que o spam não reapareça. Esperamos concluir a implementação de algumas dessas mudanças, o que deverá permitir uma certa aceleração na introdução de dados novos. Mas outras, como a verificação dos dados mais antigos, devem ainda prolongar-se durante todo o ano e entrar pelo seguinte.
É que o Bibliowiki não tem uma estrutura financeira de suporte. Se a tivesse, haveria alguém a trabalhar no site a tempo inteiro. Na tecnologia, na introdução de dados, etc. Se a tivesse, certamente seria melhor do que é. Assim, as coisas melhoram, mas devagar.
Não só por causa dos números. Estes são razoáveis, mas já houve anos melhores. As 3581 páginas novas, que correspondem a um crescimento de 18,7%, incluem 896 livros que chegaram de novo ao wiki, 590 autores, 170 tradutores e 1436 obras, das quais 162 são romances, 759 são contos ou outras ficções curtas e 285 são artigos ou outras obras de não-ficção. Não é mau. Podia ser melhor, mas não é mau.
Mas o trabalho no wiki não se resume aos números a seco. Este último ano foi bom porque marcou o alargamento do âmbito do Bibliowiki ao Brasil e aos restantes países de língua portuguesa. Embora os dados continuem a ser dominados por edições portuguesas (e continuarão ainda durante muito tempo dada a história do site), já lá se conta um número crescente de edições brasileiras, modernas e não tanto, bem como um punhado de edições angolanas. Faltam ainda dados sobre outros países lusófonos, mas tarde ou cedo acabarão por aparecer.
O último ano também foi bom porque o wiki recebeu muito trabalho de bastidores, no sentido em que é trabalho que não se reflete necessariamente no surgimento de páginas novas. Por exemplo a verificação de dados antigos, que nem sempre são tão fidedignos como seria desejável, a mudança na forma de organização de páginas como as dos anos (por motivos técnicos de conveniência de edição), a criação de tabelas de navegação e sua implementação nas categorias que distribuem as obras por ano, a criação e implementação de uma nova forma de referenciação de tradutores nas páginas das obras traduzidas, a transformação das listas simples em tabelas com mais informação, nas páginas das coleções, e mais uma série de outros detalhes do mesmo género. É quase tudo trabalho que está a meio; há coleções que já incluem a tabela, outras ainda só têm a lista; há tradutores que estão referenciados à antiga, outros já o estão à moderna. E etc. Mas é trabalho que melhora substancialmente o site e que, em certos casos, já há muito devia ter sido executado.
Claro, nem tudo foi bom. Um sofisticado ataque de spam, no início do ano, forçou a uma alteração nas permissões de edição que restringiram o potencial de participação do público em geral. Houve ideias cuja implementação tinha sido iniciada em anos anteriores mas que se revelaram inviáveis ou demasiado trabalhosas para serem aplicadas no estado atual de evolução do site. As tabelas com as cronologias de edição, por exemplo, são bastante úteis mas uma dor de cabeça para atualizar e por isso foram postas em banho-maria até surgir alguma ideia praticável para agilizar o processo (aceitam-se sugestões). As páginas sobre os temas são outro caso de ideia suspensa porque exigem demasiado trabalho para a pouca utilidade que têm enquanto não se "enchem" e porque convém haver uma padronização prévia e clara dos temas para evitar confusões. Padronização que não existe e confusões que se verificou que iam surgindo. Portanto essas ficaram em stand-by, com a luzinha a piscar. Mas, pesando tudo, esses pequenos falhanços são mais do que compensados pelas melhorias.
Para 2013 a previsão é de mais do mesmo. Não há planos de novas mudanças de fundo, pelo menos até concluir a implementação das que foram iniciadas em 2012, mas há planos para fazer uma experiência de alargamento das possibilidades de edição (uma das coisas que tem vindo a ser feita, aliás, é a desproteção de centenas de páginas que só podiam ser editadas pelos administradores). Pode ser que o spam não reapareça. Esperamos concluir a implementação de algumas dessas mudanças, o que deverá permitir uma certa aceleração na introdução de dados novos. Mas outras, como a verificação dos dados mais antigos, devem ainda prolongar-se durante todo o ano e entrar pelo seguinte.
É que o Bibliowiki não tem uma estrutura financeira de suporte. Se a tivesse, haveria alguém a trabalhar no site a tempo inteiro. Na tecnologia, na introdução de dados, etc. Se a tivesse, certamente seria melhor do que é. Assim, as coisas melhoram, mas devagar.
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